O Ministério Público do Estado do RJ convocou uma colectiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (4) para anunciar que ajuizou uma acção civil pública em que acusa o casal Garotinho (Anthony e Rosinha, ex governadores do Estado) e outras 86 pessoas de operar um esquema de desvio de verbas públicas por meio de uma ONG e de empresas de fachada. Entre os réus, estão citados Deborah Secco, Bárbara, a sua irmã, Ricardo, o pai, Ricardo, irmão da actriz, Angelina, a madrasta, e Silvia Regina, a mãe de Deborah.

O pai da actriz era gerente financeiro das empresas de fachada. A promotoria investigou que foram repassados a Ricardo cerca de 1 milhão de reais. "Ele repassou dinheiro para os outros integrantes da família Secco, que entraram como beneficiários das empresas de fachada", afirmou o promotor Vinicius Leal Cavalleiro, subcoordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Tutela Coletiva.

Na acção ajuizada na segunda-feira (1) foram pedidos, em carácter liminar (ou seja, desde já), a quebra de sigilo bancário das empresas envolvidas no caso e o bloqueio dos valores depositados na conta bancária de cada um dos 88, inclusive de Deborah. De acordo com a denúncia do MP, a actriz teria recebido R$ 158.191,00. Se condenados, os réus terão que ressarcir integralmente o dano ao património público e ainda pagar uma multa. Deborah vai receber, em breve, uma intimação para fazer uma defesa prévia.

Em São Paulo para gravar o programa "Altas Horas", Deborah disse, por meio de sua assessoria de imprensa, não saber do que se trata a denúncia. Ela teria ficado surpresa com a notícia e avisou que não se pronunciaria enquanto não recebesse a notificação judicial. "Deborah pediu para dizer que está tranquila, pois nunca se envolveu com política e sempre cumpriu os seus deveres de cidadã", afirmou Piny Montoro, a sua assessora.

Em Julho a actriz estreia no cinema como a prostituta Bruna Surfistinha, no filme "O Doce Veneno do Escorpião", de Marcus Baldini.

Fonte: Quem