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14
Nov19

É a loucura! Deborah Secco conta tudo sobre a vida sexual, relações com outras mulheres e sexo nos estúdios da Globo

Deborah Secco Portugal

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Aos 39 anos, a atriz revela que não tem segredos a guardar sobre a vida íntima.

Deborah Secco assume que é bissexual

Deborah Secco decidiu falar sobre a sua vida sexual sem tabus e revelou que já fez sexo a três, é bissexual e até confessou pormenores sobre as suas histórias na cama. 

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A atriz brasileira fez as confissões no programa 'Lady Night' de Tatá Werneck... depois de dar um beijo na boca da apresentadora.

"Já namorei uma mulher", disse, sem revelar o nome da ex-companheira. Noutro momento a atriz revela ainda sentir atração pela própria Tatá. "Você é uma mulher que eu adoraria te namorar, de verdade. Você é uma mulher interessante, incrível, muito forte, muito dona de uma personalidade… e eu acho você linda".

Deborah teve momentos íntimos nos estúdios da Rede Globo, entre as gravações. "É que eu estou aqui há muitos anos, gente". E também que fez ménage à trois várias vezes, mas não gostou. "Não achei muito legal não. Fiquei com um pouco de ciúmes". 

O que se passa com Deborah Secco? Atriz brasileira revela sensualidade em poses ousadas
 

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Deborah Secco e Tatá Werneck

A revelar outras histórias na cama, Deborah disse que fez sexo anal. "Não sei se tem muito segredo é só ter vontade", disse. 

Recorde-se que Deborah é casada Hugo Moura desde 2017, com quem tem uma filha, Flor, de três anos.

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Fonte: Flash

06
Abr17

DEBORAH SECCO: "QUERIA PODER SER SÓ MÃE"

Deborah Secco Portugal

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Celebrando o verão neste ensaio especial, Deborah Secco declara seu amor à filha, Maria Flor, e ao marido, Hugo Moura. E conta que a família a transformou em uma pessoa melhor: “Hoje, não dou importância ao ego e ao status”

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 Deborah Secco para a QUEM

 

Aos 37 anos e um ano depois de dar à luz Maria Flor, Deborah Secco posa linda e de alto astral para QUEM, celebrando o verão e a vida. Desde que se tornou mãe, Deborah vive felicidade plena com o marido, Hugo Moura, de 25. “Ele assumiu tudo muito melhor do que a maioria dos caras mais velhos que conheço”, orgulha-se. Ela admite que a gravidez não foi uma boa experiência, mas garante que a maternidade compensa tudo. Tanto que já pensa em aumentar a família. No ar como a Tânia, de Malhação, ela ainda conta que não está se exercitando e que gosta mesmo é de um pratão de arroz com feijão.

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Gravidez
“Odiei a gravidez. Tive alterações hormonais muito sérias. Dizem que os primeiros meses da criança são difíceis. Não achei. Para mim, a gravidez foi muito mais difícil. Mas tudo bem. Nada que me prive de ter outro filho (risos). Depois, quando a fofura vem, tudo vale totalmente a pena.”

 

Nascimento
“Eu vi a Maria nascer pelos olhos do Hugo. Ele estava me segurando e de repente as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto e ele falou: ‘Minha filha!’. Nunca vou me esquecer dessa cena. Para mim, felicidade é aquele olhar dele, as lágrimas escorrendo e ele falando: ‘Minha filha, não chora. Não chora, minha filha!’.”

Cobrança
“Optar por ser mãe é uma escolha que não é fácil. Me cobro, me culpo pelo pouquinho que não posso ficar com ela... Queria poder ser só mãe. Como não posso, me adapto a essa realidade e tento ser a melhor mãe possível.”

Redes sociais
“Minha vida é tão normal! E a Maria é uma criança como qualquer outra. Podia não colocar fotos dela nas redes sociais. Mas hoje elas existem. E eu sou só mais uma pessoa que também se diverte postando fotos. Para mim, é muito louco saber que as pessoas ficam nessa piração: ‘Não vou postar nada porque as pessoas vão copiar minha filha’. Caguei para isso! Tenho que ser feliz! Deito minha cabeça no travesseiro – graças a Deus – e durmo com a consciência muito tranquila. Não faço mal a ninguém, tento ser bacana com todo mundo, sou cumpridora de todas as regras. Então, que a vida seja mais leve.”

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Segurança
“Tenho acesso remoto às câmeras da minha casa inteira. Toda hora, dou uma olhadinha. Vejo o que o Hugo e a Maria estão fazendo. Mato a saudade. No começo, era mais grudenta e tinha dificuldade de não ficar ligando para casa. Mas o trabalho não rendia. Então, quanto menos paro para falar, mais rápido volto para casa.”

Sonho
“Hugo e eu nos conhecemos há dois anos. E tudo o que a gente sonhou e achou que fosse acontecer, aconteceu melhor ainda. Nossas afinidades não nos enganaram. Nossas diferenças não existem.”

Casal
“A rotina da gente não mudou com a chegada da Maria. Temos muita paixão. Só ficamos com mais vontade de estar junto. Não temos crise: ‘Ai, tenho que dar atenção para o meu marido’. Quando a Maria dorme, ficamos com nossa relação, só nós dois.”

Diferença
“Acho uma bobagem nossa diferença de idade. Meu medo era só que ele não quisesse compromissos tão sérios, nem responsabilidades tão grandes logo de cara. Mas elas vieram e ele bateu no peito. É o homem da casa, mesmo com 25 anos. Assumiu tudo muito melhor do que a maioria dos caras mais velhos que conheço.”

Família
“Queremos ter mais um filho. A diferença do Hugo com a irmã é de quatro anos. A minha com a minha irmã é de um ano e meio. Acho que a diferença minha com ela é ideal. E ele acha que a ideal é a dele com a irmã dele. Estamos só negociando o melhor momento. Vamos chegar a um consenso, se Deus quiser (risos).”

“Queremos ter mais um filho. Estamos só negociando o melhor momento

Malhação
“Não estou na minha melhor forma, nem com a barriga definida, mas também não estou querendo. Quando a Maria completou 1 mês e dez dias, voltei a malhar. Depois de dois meses, comecei a achar que estava ficando muito forte. Em abril do ano passado, parei de vez. Estou sem malhar e comendo.”

Paladar
“Tomo café, almoço, janto... Não como mais doce. Antes comia duas panelas de brigadeiro todo dia. Agora estou gostando mais de bala. Como uns 20 pirulitos por dia (risos). Mas prefiro mesmo um pratão de salgado. Arroz, feijão, bife à milanesa!”

Metabolismos
“Já engordei 17 quilos para um filme. Depois perdi 17 quilos em um mês. Fiquei sem comer e fazendo exercícios. Talvez por isso tenha tanta tranquilidade para comer o que quero. Sei que, se precisar, volto em um mês. É o que o Hugo fala: ‘Seu metabolismo responde numa velocidade incrível’. Mas ele, tadinho, tem mais tendência a engordar. Ele sofre!”

Vida boa
“Minha vida está melhor do que tudo que sempre sonhei. É impressionante como minha ansiedade baixou. Hoje, não dou importância a pequenas coisas como o ego e o status. A responsabilidade de ter um ser que depende de mim faz que eu me esforce muito mais para contornar minhas deficiências. Nunca estive tão feliz. É o melhor momento da minha vida. Tive muita sorte de encontrar um homem parceiro de verdade, com quem divido a vida. E também de ter tido uma filha tão doce e apaixonante como a Maria Flor.”

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QUEM CUIDA DE DEBORAH

Karla Assed, dermatologista
“Deborah tem pele oleosa e por isso, diariamente, usa um sabonete em gel, que mantém a oleosidade controlada e a pele sem manchas. De manhã e à noite, aplica uma fórmula contendo iluminadores e substâncias rejuvenescedoras, que dão mais brilho e qualidade à pele. Todos os dias, também usa um creme no contorno dos olhos e filtro solar.”

Heloisa Rocha, médica ortomolecular.
“Trato o hipotireoidismo da Deborah e faço uma ‘poção mágica’ com suplementos para que ela mantenha pele, cabelo e unhas saudáveis; para melhorar concentração e memória; para diminuir a retenção de líquidos e amenizar a TPM; além de probióticos e enzimas digestivas. Na minha clínica, ela faz drenagem linfática e aparelhos contra celulites e gordura localizada.”

Rafael Lund, personal trainer
“Hoje em dia ela não está treinando, para cuidar da filha, mas sua base envolve exercícios de força e atividades cardiorrespiratórias. Pego o conceito do crossfit com treinos que envolvem exercícios resistidos, em muitos casos misturados com aeróbicos. Assim, consigo focar no que ela quer: reduzir o percentual de gordura e ganhar um pequeno tônus muscular.”

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 Deborah na praia localizada à frente do Sheraton Grand Rio Hotel & Resort

 

Fonte: Revista Quem

26
Set16

Deborah Secco sobre ensaio nu aos 19 anos: "O dinheiro me dava uma casa própria"

Deborah Secco Portugal

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Deborah Secco fala sobre relação com nudez e relembra papel de Bruna Surfistinha: "Oportunidade que talvez não tenha nunca mais"

Deborah Secco é a convidada deste domingo (25) no "Programa com Bial", novo programa de Pedro Bial no GNT. Durante o bate-papo, a atriz relembrou o início da carreira e falou sobre ter sido considerada um símbolo sexual logo aos 19 anos, quando posou pela primeira vez para a "Playboy" em 1999.

De acordo com Deborah Secco , na época, ela ainda não tinha consciência da proporção de um ensaio nu, e decidiu fazer pelo cachê irrecusável. "Foi uma decisão pura e exclusivamente financeira. Venho de uma família humilde e aquele dinheiro mudaria a minha vida radicalmente. Sempre pensava que a minha carreira podia dar certo, mas, e se não desse? Esse dinheiro já me dava uma casa própria e a condição de pagar a minha faculdade”, explica a atriz .

Deborah conta também que enfrentava problemas para lidar com a nudez no início da carreira, mas que hoje já encara com naturalidade. "A nudez virou quase que uma roupa. Hoje, posso falar que não fico desconfortável nua e, para mim, é comum andar em casa sem roupa. O mundo seria melhor se isso não fosse um tabu", afirma a mãe de Maria Flor , que recentemente protagonizou um ensaio sensual feito totalmente sem photoshop ao lado de outras famosas.

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 Filme com nudez

"A personagem Bruna Surfistinha  [do filme homônimo] facilitou o costume com as cenas sem roupa. Durante as gravações, tive que ter um desapego total, eram muitos figurantes, muitos homens e nem conseguia cumprimentar direito todos eles", recorda. Sobre o filme, a atriz relembra com saudosismo o papel e fala sobre a importância dele em sua carreira. "Queria muito fazer um filme com uma personagem densa. Para mulheres, é muito rara essa oportunidade e os personagens masculinos são sempre melhores. Estava ali tendo uma oportunidade que talvez não tenha nunca mais".

 

Para construir o personagem de uma garota de proprama, Deborah conta que passou uma semana em uma casa de prostituição, dormiu na cama das profissionais e pôde trocar experiências com as garotas de programa. "Ficou a capacidade de enxergar o próximo sem julgamento. Conheci ali pessoas que não fizeram mal a ninguém, além delas próprias. Hoje, olho para qualquer ser humano e digo que não posso julgar, porque não vivi o que ele viveu”, declara.

A participação de Deborah Secco no "Programa com Bial" vai ao ar neste domingo (25), às 21h, no canal GNT. 

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 Deborah Secco na capa da "Playboy" em 1999

Fonte: Gente IG

 

04
Jul15

'Quero preservar', diz Deborah Secco sobre a filha

Deborah Secco Portugal

Grávida de uma menina, a atriz conta que está curtindo cada fase da gestação. Deborah também comenta o sucesso da novela 'Verdades Secretas', que teve que abandonar por causa da gravidez.

 

01
Abr15

Mesa Redonda QG f*hits com Deborah Secco e Marcos Proença

Deborah Secco Portugal

Estreia do QG fhits no SPFW em grande estilo. A atriz Deborah Secco e o super hair stylist Marcos Proença participaram da primeira rodada de bate-papos na suíte presidencisl do Hotel Unique.
Com mediação de Alice Ferraz, a conversa rolou solta com muita emoção e depoimentos inéditos de Deborah.

21
Mar15

Deborah Secco ultrapassa depressão

Deborah Secco Portugal

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 A atriz, que dá vida a Inês na novela da Globo ‘Boogie Oogie’, diz ter aprendido a identificar os seus defeitos e a saber trabalhá-los da melhor maneira

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 Deborah Secco, que faz parte do elenco da novela Boogie Oogie, da autoria do português Rui Vilhena, e que se estreou  há uma semana no canal Globo, revelou ter mudado de vida no final do ano passado, depois de ter conseguido superar uma depressão. “Eu mudei radicalmente. E não foi fácil”, conta, emocionada. Durante cerca de quatro meses, a atriz brasileira chegou a precisar de ser internada algumas vezes, percorrendo um caminho tortuoso, mas de muita reflexão. Agora, a atriz, de 35 anos, garante sentir-se  feliz, confortável e segura para finalmente encontrar o verdadeiro amor e constituir a sua família. “Quero muito ser mãe”, adianta.
A grande condutora de tantas mudanças em Deborah foi Judite, a personagem a que deu vida no filme Boa Sorte, uma ex-toxicodependente seropositiva que vive um amor pela primeira vez. Elogiada pelo seu desempenho, pautado por momentos de enorme intensidade e fragilidade, a atriz revela que chegou a perder 11 quilos para interpretar a personagem.

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 – Por que é que o filme Boa Sorte mudou a sua vida?
Deborah Secco – Descobri com a Judite que vou morrer. Sempre soube, mas nunca soube mesmo. Por isso, preciso de respeitar a minha essência, não ser menos feliz do que quero, posso e devo ser. Nós só temos o agora.
– E o que é que isso concretamente mudou em si?
– Quando acabaram as gravações, mudei tudo. Não ia mergulhar todos os dias no mar e passei a ir, porque me faz bem. Resolvi questões pendentes e emocionais. Afastei algumas pessoas da minha vida e aproximei-me de outras. Foram decisões duras, difíceis. Também elegi algumas prioridades, como a de encontrar alguém, um companheiro. Talvez na próxima relação me deva focar mais na pessoa que está ao meu lado e menos no meu trabalho.

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 – Acha que tem cometido erros?
– Acho que hoje tentaria fazer as coisas de maneira diferente. Cheguei à conclusão de que precisamos de equilíbrio e eu, por vários motivos, não o tive. Tinha uma família que dependia de mim, e punha isso em primeiro lugar. Não sei se foi uma escolha errada, mas foi a minha. Hoje, a minha mãe e os meus irmãos já andam sozinhos, tenho uma carreira que me realiza e estrutura financeiramente, o que me dá paz e serenidade. Por isso, posso procurar outras coisas e começo a sentir falta de ter a minha própria família.
– Lidar com a morte trou­xe-lhe algum tipo de receio?
– Não, mas fez-me questionar bastante. Houve uma fase em que fiquei depressiva, achava que não valia a pena tanto sofrimento para, no fundo, nada. Lembro-me de ter conhecido uma menina de 12 anos seropositiva. Um dia disse-lhe que ela iria para o céu, um lugar especial. Ela respondeu-me:
“Na verdade não sei, ninguém sabe. Se existir outra vida, não sei se vai ser tão boa como esta.” Na altura fiquei deprimida. Foram quatro meses, em que cheguei a precisar de ficar internada.

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 – A que atribui essa depressão?
– Principalmente, à perda da Judite. Foi como se eu tivesse perdido metade de mim, a minha melhor parte. A minha vida voltou a ser chata sem ela. Vivemos aquele mundo e, de repente, vol­tamos para a nossa casa, o que não é assim tão interessante. A nossa vida não é um filme, não tem banda sonora nem planos incríveis e mirabolantes. Por isso, é muito difícil desligarmo-nos de personagens tão arrebatadoras. A despedida é cruel. Mas o tempo é senhor de muitas coisas. Uma delas é tornar pequeno o que parece muito grande. Mostra que as dores são curáveis.
– Como saiu da depressão?
– Porque estou viva, estou aqui. Acho que não tenho que questionar e ser feliz com o que me é dado agora, neste instante. Sou uma pessoa de fé, acredito que existe algo mais. Estou aqui para evoluir. Creio que amanhã posso ser melhor do que sou hoje. Aprendi a identificar os meus defeitos, a trabalhá-los da melhor maneira possível, a desligar-me dos bens materiais e do que realmente não tem valor. E de me aproximar do que vale, do amor.

Fonte: Caras

18
Out14

Revista Trip - Deborah Secco

Deborah Secco Portugal

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 Aos 34 anos, a atriz segue estampando de maneira fatal nosso imaginário de capa de revista

 

Desde os 8 anos, Deborah Secco acontece sob os holofotes. Como numa história que corresse paralela a sua própria história, suas personagens sempre estiverem um passo à frente. O primeiro beijo na vida real veio depois do beijo na ficção. O sexo existiu antes na novela. Aos 34 anos, a atriz segue estampando de maneira fatal nosso imaginário de capa de revista. Mas é possível falar com ela. Enquanto seu personagem posava para as fotos desta edição, Deborah Secco conversou com Trip. Assertiva, forte mas frágil, conhecedora de seus limites e de sua trajetória, a atriz cita aquela que chamou de "frase da sua vida": "Uma pessoa não é aquilo que quer, mas o que pode ser"

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Ela se diz transformada por dois de seus papéis no cinema: uma garota de programa egressa da classe média, em Bruna Surfistinha, mais de 2 milhões de espectadores em 2011; e a soropositiva terminal Judite, de Boa sorte, estreia da diretora Carolina Jabor na ficção, a ser conferido nos cinemas a partir de novembro. Para viver este drama baseado em conto do cineasta Jorge Furtado, Deborah Secco perdeu 11 quilos.

Com todos eles de volta (e mais três adicionais), a atriz carioca teve pela frente novo papel principal, o de uma decadente apresentadora de programa infantil, em A estrada do diabo (ainda sem estreia definida), de André Moraes. “Um filme diferente de tudo. Um grupo de atores está fazendo um longa de baixo orçamento e meio que pira no método Fátima Toledo, não sabe mais o que é a realidade”, diverte-se.

A alusão à polêmica preparadora de elenco (de Pixote, Cidade de Deus e Tropa de elite), conhecida pela linha dura e busca por uma atuação realista custe o que custar, entra de modo bem-humorado na conversa testemunhada por uma mesa generosa, repleta de guloseimas, fraco confesso da anfitriã. No luxuoso apartamento de Deborah, em frente à praia da Barra da Tijuca, o cenário oceânico do Rio se comporta de maneira pouco usual durante as 2 horas de papo: relâmpagos, fortes ondas, chuva de granizo.

Habituada aos holofotes desde os 8 anos, a ex-estrela infantil faz psicoterapia há duas décadas. Desde 2004, depois de sofrer de um problema na tireoide, começou uma virada atlética à base de variada rotina de exercícios: após a entrevista, empolgada, faz questão de demonstrar energicamente seus movimentos de levantamento olímpico, também conhecido como halterofilismo. Solteira após dois casamentos (com o diretor de TV Rogério Gomes, entre 1997 e 2001, e o futebolista Roger Flores, de 2009 a 2013) e um relacionamento longo com Falcão, vocalista d’O Rappa, Deborah chega aos 34 anos sem fazer o tipo je ne regrette rien (não me arrependo de nada).

Ela não se orgulha de ter posado nua para a revista Playboy duas vezes, em 1999 e em 2002, exibindo o nu frontal que mesmo no ousado Bruna Surfistinha, por exemplo, não foi necessário. “Eu poderia ter feito teatro com Antunes Filho, virado uma atriz cool. Me questionei bastante sobre isso, mas precisava da estabilidade financeira, queria proporcionar coisas para a minha família”, conta a menina criada em Jacarepaguá (zona oeste do Rio), em uma família de classe média – “baixa”, completa.

Na preparação para filmar Bruna Surfistinha, a menina que era “fragilzinha” e “fresquinha” (termos dela mesma) viveu por um mês entre garotas de programa. Moças estupradas pelos pais ou padrastos, que se drogavam para aliviar a dor, que lutavam para mandar dinheiro para filhos que mal viam. “Uma puta vida infeliz. Mas a capacidade delas de sobreviver me fez valorizar tudo que eu consegui. Uma delas me disse o que virou a frase da minha vida: ‘Deborah, ninguém é o que consegue ser. A gente é o que pode ser’. Apesar de todos os erros que cometi, dos tropeços que dei, estou superbem, tenho saúde, minha família está ótima. Vindo do lugar de onde venho, estou aqui, agora, neste apartamento”, pesa, expandindo o olhar para o belo céu encrespado.

Boa sorte, filme do qual (a exemplo de Bruna Surfistinha) Deborah é coprodutora associada, também colocou a estrela, que há dez anos tem contratos entre o primeiro time da Globo (e 20 anos de casa), no meio de mulheres com quase nada no horizonte. Visitou várias soropositivas terminais, tinha a ideia de fazer uma mulher “forte, guerreira”. Mas, ao conversar com o infectologista David Uip (atual secretário de Saúde de São Paulo), o primeiro a diagnosticar um caso de Aids no Brasil, descobriu outra chave para sua personagem. “Ele me disse que em todos os pacientes que acompanhou e viu morrer havia uma força construída na serenidade de aceitar a situação”, fala. 

Deborah tem um projeto em parceria com o diretor André Moraes já aprovado para a Gshow, braço de internet da TV Globo. “É para debater temas polêmicos, dizer não ao preconceito. Só poderia funcionar na web, porque na televisão sofreria censura”, adianta. Em breve, vai filmar, com Daniel Filho, em dois dias, Obra-prima, filme que “pretende quebrar paradigmas de distribuição no Brasil” (talvez seja exibido apenas on-line). Também tem se arriscado a escrever roteiros, desenvolvendo ideias com João Falcão e Zé Henrique Fonseca. “A minha expectativa agora é arriscar, fazer o que não sei se vai dar certo. Como me disse a Fernandona [Fernanda Montenegro, que vive a avó de sua personagem em Boa sorte], antes de uma cena: ‘Minha filha, a gente nunca vai saber se está fazendo direito’. Aquilo me deu uma calma pra vida.” Deborah diz que sua religião são “seus atos”, mas, por via das dúvidas, ligou para a mãe depois de filmar com a veterana. “Vamos numa igreja agradecer.”

 

 "Aprendemos com a minha mãe a não depender de homem: não se venda por nada, seja dona da sua vida, você é quem manda, você pode, você faz"

 

Em algum momento você pensou em ser outra coisa que não atriz? Não tenho lembrança da minha vida sem ser atriz. Nasci sabendo que seria atriz. Escrevi uma peça aos 5 anos, O arco-íris sem cor. Não foi só o texto, eu tinha todos os figurinos desenhados. Minha mãe conta que eu brincava de chorar, de rir, brincava que tinha perdido a memória, chegava no colégio sempre com uma personalidade diferente. Numa dessas brincadeiras, tipo  adedanha, vinha a pergunta: “Atriz com a letra D”. Eu respondia: “Deborah Secco”. Daí diziam: “Não valeeeee! Você ainda não é atriz”. E eu reagia: “Sou atriz, sim!”. Tracei minhas metas ainda menina: com 25 anos vou ser protagonista de novela da Globo, com 50 eu ganho o Oscar. Aos 24, um mês antes de fazer 25, o meu nome veio antes do de todos em América, novela das 8. Agora, o Oscar... [risos]. Sempre achei que tudo ia dar muito certo. Eu tinha um acordo com meu pai que, se eu tirasse menos de oito em alguma matéria da escola, pararia com o que ele chamava de “brincadeira”. Para mim, não era brincadeira. Era o meu trabalho, a minha vida. Desde os 8 anos passei a ganhar dinheiro com a profissão. Quando fazia o seriado Confissões de adolescente [na TV Cultura, em 1994, aos 14 anos], fiquei três meses sem ir às aulas, e combinei na escola que poderiam exigir 7,5 de média, mas que não me reprovariam por falta. Eu já tinha como meta os oito para o meu pai mesmo...

Seus pais se separaram quando você tinha 12 anos, você foi criada pela sua mãe. O ambiente na sua casa era feminista? Meu pai se casou de novo e foi se distanciando de nós. Meu irmão ficou dois anos com ele, só depois é que veio morar conosco. Então, no começo, éramos minha irmã, minha madrinha, minha mãe e eu. Sempre senti falta de um homem protetor, uma figura paterna. Mas minha mãe [Sílvia] nos criou – eu e minha irmã, Bárbara, – para sermos a mulher que ela não foi. E criou meu irmão para ser o marido que ela não teve. Minha irmã hoje é advogada bem-sucedida, com escritório que atende grandes empresas. Aprendemos com a minha mãe a não depender de homem: não se venda por nada, seja dona da sua vida, você é quem manda, você pode, você faz. Para o meu irmão, a lição era: não pode ficar o dia inteiro fora trabalhando, tem que ver sua mulher, seus filhos. E ele de fato prefere ganhar menos e ter tempo para levar o filho para o judô, é aquele marido que chega cedo e espera a mulher com o jantar pronto.

 

"No primeiro nu que precisei fazer, fiquei chorando o tempo todo. Tremia, não conseguia. O Daniel Filho, que me dirigiu no Confissões de adolescentes, e foi como um pai para mim, me disse: 'Vamos para a análise. Botar pra fora suas angústias.'"

 

Ela sempre foi dona de casa? Minha mãe não tem profissão, sempre foi mãe. Acho que é a profissão mais difícil que existe. Com três filhos, então, ela vivia em função da gente. Meu irmão era nadador, treinava 8 horas por dia. Acordava às 4 da manhã pra ir de Jacarepaguá (zona oeste do Rio) para o Fundão (Ilha do Governador, zona norte). Ela ia e voltava para levar a gente para o colégio, depois buscava. Ela brincava dizendo que era nossa chofer. Mas fez toda a diferença na nossa vida. Ela ficava na janela do balé gritando “é a melhor”, “linda” – mesmo eu não sendo. Levava meu irmão em todas as competições, ficava na beira da piscina com um chocolatinho na mão gritando “vai!” Tudo que ela fez por mim, fez por eles. Minha irmã também era do esporte: natação, tênis, vôlei.

Você teve uma outra irmã, mais velha, que morreu na infância. Eu tinha 1 ano e meio, ela tinha 5. Erro médico, ela teve alergia a um antibiótico, o médico não quis fazer logo a traqueostomia. E eu cresci com essa coisa de “a Deborah é doente, é fraquinha”. Tinha alergia a muita coisa. Entrava no mar, alergia a iodo; comia camarão, corre para o hospital. Hoje, tenho o maior orgulho de ser, dos meus irmãos, a atleta, a única que faz exercícios com um compromisso maior. Não só pela estética, mas por vencer os desafios que eu não conseguia. Fazer barra de um jeito que meu irmão não faz! Quando ganhei um pouco mais de dinheiro com o Confissões de adolescente fomos todos para a Disney. Na época, não andei em nenhuma montanha-russa, morria de medo, era toda fresquinha. Agora, há pouco tempo, voltei com meu irmão e minha sobrinha. Fui em todos os brinquedos, naquele Lex Luthor Drop of Doom, por exemplo, que é uma queda imensa [de 120 metros, a mais alta do mundo em parques de diversões]. Durante toda a infância fui a pobrezinha [risos]. E a mais feia. Meu irmão tem 1,93 metro, era muito bonito. Minha irmã tem 1,75 metro, e eu com meus 1,64 metro. Minha irmã ganhou corpo rápido, tem olhos verdes, cabelo loiro (depois escureceu). Eu sempre tive muita espinha, vergonha absoluta do meu corpo magrinho. Só fui aprender a andar de bicicleta há três anos. O meu instrutor falou: “É inadmissível. Você tem equilíbrio, fica em pé na bola de pilates, vai aprender!”.

Muitos talentos precoces sofrem na vida adulta em função da infância roubada pela profissão. Qual foi o impacto disso na sua trajetória? Eu não me queixo. Em Jacarepaguá, tinha pique, queimada, gato mia. Brincadeiras mais físicas que as das crianças de hoje. Eu tinha uma única boneca Barbie. Quando fui para os Estados Unidos pela primeira vez, com o dinheiro que ganhei, comprei 20 Barbies. Graças a Deus tive uma sobrinha para herdar todas. E pude brincar com ela tudo o que não brinquei na época. Meu pai era matemático, dava aulas em colégio para os melhores alunos, que estudavam muito para passar no IME [Instituto Militar de Engenharia] e no Ita [Instituto Tecnológico de Aeronáutica]. Ele me dava problemas de vestibular e eu, com 10 anos, resolvia pela lógica. Ele dizia que eu seria uma grande matemática. Ficava louco com essa coisa de eu querer ser atriz. Mas eu dizia: vou ser atriz de qualquer jeito. Se der tudo errado, vou ser atriz pobre, vou passar o chapeuzinho na praça. Eu fiz vestibular só para dar satisfação para eles, entrei em filosofia, na PUC-RJ. Passei, tranquei e falei: “Pai, meu compromisso com você foi até aqui. Tá bom assim”.

 

"Meu primeiro beijo veio antes na ficcção. As personagens viviam coisas antes de mim. Isso me machucava. O início dessa coisa da Deborah sexy foi muuuito doloroso"

 

O que você lia quando criança? Eu li O amor nos tempos do cólera com 9 anos. Pensei: “É isso que eu quero! Um amor que não dê certo, porque aí você vive a vida toda com aquilo, a expectativa. Imagina que chato arrumar um amor que dê certo logo aos 20 anos? Perde a graça”. Era uma coisa completamente louca e adiantada para a idade. Eu sempre falo que, em todas as minhas relações, tentei acreditar no príncipe encantado. Acho que assim fui levando adiante muitos relacionamentos. Como atriz, eu nem deveria falar isso, mas... Como espectadora, o que gosto mesmo é de Uma linda mulherGhost, Um dia, filme com a Anne Hathaway. Eu choro. Sempre gostei de histórias de amor, e fico pensando em vivê-las, claro. “Quando ela mente/ não sei se ela deveras sente/ o que mente pra mim” [versos de “Ela faz cinema”, de Chico Buarque] é o que mais me define nos relacionamentos. Eu falo pra mim mesma: “Não finge, Deborah, não finge”. Hoje eu tô trabalhando isso.

Que tipo de terapia você faz? Comecei a fazer análise com 18 anos. Tem ideias do Gurdjieff [1866-1949, místico armênio], eneagramas que ajudam a compor meus personagens. Comecei quando fiz uma novela, Suave veneno. Foi meu primeiro papel sexy. Eu não tinha a bagagem sexual que a personagem exigia e dei uma pirada. Tinha uma cena de dança que eu não conseguia fazer, o Daniel Filho cancelou a gravação até. No primeiro nu que precisei fazer, fiquei chorando o tempo todo, não conseguia. Tremia inteira, chorava e o Daniel, que foi um pai pra mim, que tinha me dirigido no Confissões de adolescente, me disse: “Vamos para a análise. Botar pra fora suas angústias, seus medos”. Na terapia, eu descobri que estava chorando porque ainda não tinha vivido aquilo. “Pô, para de roubar minha vida, ô, profissão!” Como no meu primeiro beijo... Meu primeiro beijo da vida real veio depois, um ano e meio depois, de eu ter beijado no teatro. E foi num curso, com o André Gonçalves. Lembro que pedi: “Dá beijo de língua, porque eu não sei beijar e preciso aprender. Eu nunca beijei na vida real”. As personagens viviam as coisas antes de mim. Isso me machucava. O início dessa coisa da Deborah sexy foi muuuito doloroso. Virei sex symbol, mas não sabia nem transar.

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Mas você abraçou isso bem demais, ou pelo menos assim ficou parecendo... No início, eu vou te falar que fiquei muito feliz. “Ganhei da minha irmã!” [Risos.] Depois vi que aquilo, para a minha família, naquele momento, era muito... útil. Porque podia trazer uma estabilidade financeira, uma visibilidade maior. Mas chegou uma hora em que começou a ficar só aquilo, e vi que tinha que buscar outras coisas, mostrar que eu era... o oposto daquilo. Eu não me acho nada sensual. Sou uma supermulher, legal, bem-humorada, carinhosa. Mas sexy não seria um dos adjetivos. Essa coisa que o Daniel Filho me ensinou: “Nada da Deborah pode ser maior do que a personagem. A sua vergonha não pode ser maior que a personagem! Sua vaidade, seu medo... A Deborah fica no camarim! Quem vem pro set é a personagem”. E ele, com aquela coisa do pai: “Você vai ter que trabalhar isso. Fiz assim com a Glória Pires, com a Sônia Braga, com todas elas. Então você vai aprender também. Não é a sua ética, não é a sua moral que estão aqui!”. Com isso, aprendi mesmo. A minha vaidade não é maior que o meu trabalho. Tive que emagrecer 11 quilos para fazer o Boa sorte. As pessoas me olhavam na rua, nunca me viram tão feia. Fiquei trancada em casa, porque, nas poucas vezes em que apareci, dava problema. Depois engordei todos os 11 quilos perdidos e mais 3 para fazer A estrada do diabo. Nessa época, dezembro de 2013, apareci no Vídeo show e no Altas horas. Foi nota por um mês: “Deborah gorda!”.

Hoje você atua também como produtora executiva. Os homens ainda se assustam com mulheres poderosas, ricas, donas de si? Não sei, hoje acho que vejo os homens mais assustados com mulheres que querem tirar proveito material deles. Que querem se aproveitar de uma relação para ganhar dinheiro, patrimônio. É triste, mas tem mulher que está aí para isso, os caras têm razão de se sentir acuados. Diante de uma mulher que se banca, que se basta, esses homens não duvidam do amor, se sentem verdadeiramente amados. No meu caso, talvez o meu patamar financeiro possa intimidar quem está muito longe dele. Mas eu estou tão longe de ser o que eu tenho! Minha essência não é essa.

 

"Perdi a virgindade aos 18 anos. [...] Não sou o tipo de mulher que vai dar para um cara hoje sem pensar que amanhã a gente vai se falar e discutir o nome dos nossos filhos. Se não for assim, nem começa"

 

Você é religiosa? O que eu acredito... A minha religião é o que eu faço, é a minha prática no dia a dia. Como diz uma menina, doente terminal, que eu conheci na preparação para o Boa sorte: “Certeza, certeza de que tem outro lugar, eu não tenho, não! Então vamos aproveitar aqui. Se puder, Deborah, traz logo amanhã bolo e brigadeiro!” [Risos.] Ela falava isso como uma diversão! Agora, depois de ter trabalhado com a Fernandona [Fernanda Montenegro], eu liguei pra minha mãe e falei: “Vamos numa igreja pra agradecer”.

Você ficou famosa no Confissões de adolescente, era uma molecota. Agora, na recente adaptação do seriado para o cinema, viveu uma tia. Como se vê envelhecendo? É muito louco, porque a gente lembra de olhar para a nossa mãe com essa idade e achar velha. Mas, cara, me sinto começando a minha vida. Se a finitude não me interromper antes do esperado, quero envelhecer. Desejo arduamente as rugas, ficar com o cabelo branco, desejo ficar toda curvadinha. Porque só não fica quem morre antes! Eu tô no comecinho, sou muito disposta a encarar coisas novas, arriscar. Tem uma coisa que dizem de mim: “Ah, a Deborah namora e muda de personalidade, vira outra pessoa”. Não é que eu vire. Mas qualquer relação é feita de trocas. E eu sem preconceito me predisponho a conhecer tudo. Eu sou super diurna e quando namorei o Falcão me dispus a entrar nos horários dele. Vi que aquilo poderia me fazer bem de alguma maneira. Eu ia e depois determinava meu limite: vai você, e eu fico em casa lendo um livro.

Você disse outro dia numa entrevista: eu não quero ser uma celebridade. Como é a sua relação com esse universo? Eu acho que as celebridades deveriam ser cientistas, pessoas que inventaram coisas importantes, que fizeram trabalhos relevantes, transformações sociais. Essas são as pessoas que deveríamos seguir, observar, aprender. Eu, não. Não tenho essa importância. Tento dar uma humilde contribuição. No Boa sorte, a gente discute drogas, HIV, amor, finitude, temas fortes. Eu faço também uma peça, Mais uma vez amor, que mostra, entre outras coisas, a época dos confiscos no plano Collor, aparece a Zélia Cardoso de Mello. Depois, no camarim, os adolescentes perguntam quem era aquela mulher. Eu faço questão de explicar, falar para eles do confisco etc.

Mas você joga o jogo das celebridades, dá entrevistas para certo tipo de imprensa, participa como jurada do “Dança dos famosos”, até já quebrou duas costelas participando do quadro do Faustão... Ali, no programa, eu estou sendo leal a quem me ajudou, tenho gratidão à empresa que me contrata. Valorizo o tanto que me ajudaram e faço com prazer, além do profissionalismo. Em 20 anos, meu salário nunca atrasou, sempre foram corretos comigo. Me deram tempo para que eu me redescobrisse, para que eu fizesse outros projetos. Devo essa lealdade a eles quando precisam do meu lado celebridade. E também posso usar dessa condição na hora de sentar com uma empresa para pedir apoio a meus projetos, divulgar minha peça, meu filme. Esse equilíbrio é algo que busco, ainda estou amadurecendo. Eu hoje posso estar numa entrevista falando sobre certas coisas, mas procuro um limite. Estou aqui falando de uma Deborah que interessa às pessoas, mas não é a Deborah real. Eu posso dizer isso aqui [risos].

 

"Se um dia for necessário mostrar o peito e a bunda, ok, ele pertence à personagem. Se um dia for necessário  mostrar a vagina para contar uma história, eu vou mostrar. Desde que não seja algo gratuito"

 

Você falou do Mais uma vez amor, uma espécie de seu lado politizado. Quando e como foi que você tomou consciência das coisas da política nacional? Lá em casa era proibido levantar da mesa sem ler jornal. E não tinha essa de “não quero ler a parte de economia”. Aprendi muito viajando e vendo as desigualdades do Brasil. Eu tenho um projeto social, junto com a escritora Martha Medeiros, que leva dentistas e oculistas ao interior. Tem outro com ginecologistas. Usei meu lado celebridade pra conseguir apoio. E comecei a ir com uma van fazer o preventivo em mulheres que nunca tinham feito um preventivo na vida. Aí você vê que falta muita coisa mesmo para arrumar... Eu me disponho a ir lá, levar informação. E compreensão política de que uma cesta básica não é suficiente. Mas não levanto bandeira de nada na minha vida.

Você já foi elogiada publicamente pela Dilma... [Interrompendo.] Ela fez um elogio a Natalie, minha personagem na novela Insensato coração. Eu fiquei muito grata, como ficaria grata a qualquer elogio de qualquer brasileiro. 

Você vê um avanço na possibilidade de termos duas mulheres no segundo turno na eleição presidencial? Na questão política, eu não penso nisso, sabe? Eu quero um bom presidente, seja mulher, homem, branco, negro. Eu quero é alguém que, de verdade, faça pelo Brasil.

Nos seus relacionamentos, você sempre teve noção de igualdade, na base do “o que ele pode fazer, eu também posso”? Eu sempre procuro que seja assim, e não só nos meus relacionamentos amorosos. Não tem essa de que o homem é diferente. No relacionamento de igual para igual, o que o casal combinar, vale para os dois.

Você já deu uma declaração diferente sobre fidelidade, que ela não era essencial... Foram palavras distorcidas. Eu sempre falo que “o combinado não sai caro”. Já vi muitos relacionamentos em que a fidelidade não era algo essencial para ambas as partes... dar certo. Eu não saberia viver assim, mas super
-respeito quem topa. Eu de fato acho que amando alguém a gente não consegue. Eu vejo homem dizendo isso – homem acha isso até ver a mulher com outro. Mas vejo muitas pessoas vivendo assim, algumas bem, e respeito, até admiro, queria ter esse desprendimento, sabe? Mas acho que o amor ainda me torna egoísta. Até com amigo, às vezes sinto ciúme de amizade. Aquela coisa “puxa, minha amiga, tão minha amiga, e viajou com outra amiga!”

Você teve relacionamentos com dois homens de profissões que muitas veem como “de risco” no quesito fidelidade: músico, Falcão, e jogador de futebol, Roger. E também um diretor da Globo [Rogério Gomes, com quem foi casada de 1997 a 2001]. Ah, mas a gente não escolhe, né? O amor, ele acontece. Ele vem e me toca. Não importa o que a pessoa é: branca, negra, velha, nova, famosa, cantor, jogador. Eu vou ter que lidar com as consequências, assim como eles têm que lidar com as minhas questões. Então, até nisso, a gente vai trabalhando na igualdade [risos].

No filme Bruna Surfistinha, você aparece em cenas fortes, mas não há nu frontal. Houve questões contratuais, esse tipo de restrição? Olha, no começo, o contrato estava cheio de restrições. Aí eu fui viver
um mês com as meninas, as garotas de programa. Quando saí de lá, pensei: “Cara, eu não vou fazer Uma linda mulher, eu vou fazer o que eu tiver que fazer nesse filme”. Entendi que o que eu ganhei ali iria valer tudo. Fiz as cenas sem pensar. No final, na montagem, eu estava junto, e me preocupei em incluir todas as cenas necessárias para contar a história, sem a preocupação do que iria aparecer ou não. Queria causar o desconforto que senti vivendo aquela vida. Queria que os espectadores saíssem com uma sensação
estranha, pelo menos. Achava que eram muito mais fortes aquelas cenas de homens me pegando, me batendo, do que o nu, a perna aberta. A perna aberta não contava aquela história, os tapas, sim. Se
um dia for necessário mostrar o peito e a bunda, ok, ele pertence à personagem. Se um dia for necessário mostrar a vagina para contar uma história (de um câncer, por exemplo), eu vou mostrar, desde que não seja algo gratuito.

E fazer a Playboy, como foi? Hoje eu não faria novamente a Playboy. Na época, pensei na segurança financeira, no bem-estar da minha família. Na primeira vez que posei, gastei meu cachê com uma casa para a minha mãe, uma casa para o meu pai, e paguei os estudos dos meus irmãos. Na segunda, comprei uma casa para mim, e apliquei um dinheiro. Eu pensava: “Se eu ficar desempregada, consigo viver com esses juros”. A casa era em Jacarepaguá, depois a gente veio para a Barra. E hoje, como eu não preciso mais, já tenho essa segurança financeira, o que a revista pode me dar em troca? Não sou dessas pessoas que querem ter sempre mais, em termos de ganho material. Eu pensava muito nisto: quantas pessoas fizeram uma novela de sucesso com 18 anos e depois não deram certo? Eu achava que essa segurança
financeira faria uma diferença na nossa história. Por isso decidi posar nua. Hoje, tenho muita tranquilidade para falar a respeito. Depois que tive essa lição de vida com as garotas de programa, com quem convivi para fazer o Bruna Surfistinha, isso tudo ficou bem claro e resolvido para mim. Isso me permitiu ser quem sou hoje, não estar atrelada a projetos comerciais, não ter que vender, não o corpo, mas a verdade artística. Hoje eu posso brigar pela minha verdade artística.

Uma indiscrição, como você se refere a sua vagina? Nunca chamei de nome nenhum. Quando era criança minha mãe falava “limpar a pepeca”. Depois comecei a falar “vou fazer higienização íntima”. Boceta eu não falo. Acho feio. Vagina é uma palavra complexa, são muitas sílabas se comparar com cu [risos].

Ao longo da carreira, além do processo de conquistas pela atividade física, você também se submeteu a transformações corporais. Até que ponto colocar silicone nos seios, por exemplo, é uma exigência de mercado de trabalho? Na verdade, eu botei silicone por uma questão que surgiu na análise. Eu tinha um superproblema com o peito da minha irmã. Ela tinha um peito lindo – e o meu peito não crescia. Até que um dia, a Dora, minha analista, disse: “Ô, Deborah, eu sou contra a plástica. Mas se isso está te fazendo mal na relação familiar, resolve o seu problema. Vai para vida”. E eu: “Não sei, quero ter filho antes”. E ela: “Mas isso parece ser um problema tão grande que você talvez nem tenha filho por causa dessas questões”. Se é um nariz que incomoda, alguma coisa física que faz mal para a pessoa, acho ótimo resolver com plástica, mesmo que soe fútil para os outros. Eu cresci com isto: minha irmã era muito mais bonita, os meninos gostavam dela. Os que eu gostava, namoraram com ela. Ela é um ano e meio mais nova do que eu. Eu jogava a culpa disso no peito, sabe? E realmente foi a solução, porque eu botei o peito e vi que não era esse o problema [risos]. Botei uma vez só, foi pouco, 230, 280 mililitros, eu acho. De roupa, não aparece tanto. Não sei se faria hoje, sabendo de tantos casos em que houve complicações. Bom, não ficou dos piores [risos]. Tem coisas que a gente só aprende com a idade. No final, mais vale o molinho verdadeiro do que o duro falso [risos].

Você cresceu na era da camisinha, a Aids já era tema na época do Confissões de adolescente. Como viveu a sexualidade nessa fase? Muito antes da minha primeira relação, minha mãe já havia me levado ao ginecologista. Fui apresentada à pílula, camisinha etc. A gente tinha aula de educação sexual: a coisa de como pedir para o cara botar a camisinha eu aprendi no colégio. Perdi a virgindade aos 18 anos, com camisinha. Assim, de uma forma lúdica, eu diria que não sou o tipo de mulher que vai dar para um cara hoje sem pensar que amanhã a gente vai se falar e discutir o nome dos nossos filhos [risos]. Para mim, a intimidade que o sexo permite a um casal é para pensar em construir uma vida juntos. Se não for assim, nem começa. Eu não lido bem com isso: se o cara não me ligar no dia seguinte, eu me mato [risos]! Não tenho essa força. Eu namoro muito, me envolvo muito. Tento acreditar nesse amor que talvez não seja tão perfeito quanto acho que é. E, com o tempo, me deparo com a realidade. Mas sempre começo alguma coisa pensando em relacionamento.

E drogas, elas estiveram por perto? Costumo dizer que tive sorte. De conhecer o final da história muito cedo. Tive contato com as drogas assistindo a pessoas muito próximas morrerem de overdose. Minha mãe segurou a gente em casa o máximo que pôde. Quando fui ter contato com drogas, já vi o fim da história: overdose, corre pro hospital, vai morrer, não vai morrer. Nessa ocasião, pensei: “Não quero isso para mim. Deve ser bom pra caralho, senão as pessoas não iriam se foder assim”. Isso ficou claro pra mim aos 17 anos. Eu nunca experimentei, e nem posso. Tenho total consciência. Pessoas com a minha intensidade... O meu fim seria aquele que eu vi, e seria rápido. Sou assim com comida. Como uma forma de pudim inteira. Tiro do forno e como direto. Uma panela de brigadeiro todinha também.

Doces são o seu fraco? E álcool? Só os doces. Comida em geral: arroz, feijão, farofa. Bebida, não. Não bebo nada, nem vinho. Não gosto do cheiro, acho mulher bêbada feio, perde uma coisa mágica, suave, doce... Mulher com cerveja, então... Mas quem gosta, tudo bem. Eu acho que se bebesse também, poderia adorar, gostar demais, ficar doida... Tem uma outra coisa aí: eu sempre soube que nasci com uma loucura artística de me permitir viver outras vidas. Por isso não posso perder minha razão, eu me perderia por aí. Passar do ponto fora da consciência, sabe? Eu já vim querendo brincar de ser outra pessoa, já vim com essa dose de loucura. Mas, convivendo com pessoas que usam droga ao longo do tempo, minha prática sempre foi: eu não peço pra você parar, você não pede pra eu usar.

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 No primeiro book, aos 9 anos: "Não tenho lembranças da minha vida sem ser atriz"

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Com a mãe, Silvia Regina, os irmãos Ricardo e Barbara e os sobrinhos

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 Abraçada ao pai, Ricardo

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 Na primeira peça em que atuou, ainda no colégio

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 Aos 15 anos, no seu baile de debutante, fazendo par com Daniel Filho

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 No papel da filha de José Wilker, em A Próxima Vítima, na TV Globo: "Aprendi muito com ele"

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 Na novela Boogie oogie, com o ator Fabrício Boliveira: "Sou uma supermulher, legal, bem-humorada, carinhosa. Mas sexy não seria um dos meus adjetivos"

 

Fonte: Revista Trip

20
Mai14

Mais magra, Deborah Secco revela lado sensual da sua nova personagem

Deborah Secco Portugal
Mais magra, Deborah Secco revela lado sensual de sua nova personagem. A atriz fala sobre seu próximo trabalho na TV e ainda conta detalhes da sua dieta que elimina alguns tipos de alimento e valoriza o bem-estar.

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Dedicado: Deborah Secco Desde: 24 de Maio de 2008 Administradora: Patrícia Nome: Deborah Secco Portugal
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